Lauane dos Santos
lauane.santos@jtocantins.com.br“Hoje a aula é na rua, em manifestação”, disse um professor da educação básica aos participantes de um protesto em frente à Assembleia Legislativa para explicar a paralisação feita por professores e estudantes desde a educação básica até o ensino superior na manhã desta quarta-feira, 15. Com início dos atos em frente aos portões fechados da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Instituto Federal do Tocantins (IFTO), os manifestantes se reuniram em frente à AL e conseguiram uma sessão pública no plenário para sensibilizar os parlamentares quanto ao ato que acontece em todo o País.
A professora da educação básica de Palmas, Aparecida Magalhães estava na manifestação com um colete “educação em greve”, bem como dezenas de outros educadores que participaram do ato. Para ela, "o corte anunciado na educação é uma perda muito grande não só para os funcionários públicos, mas para toda a população”, disse. “Também protestamos juntos contra a reforma da previdência que nos afetará diretamente, um professor trabalhar 30 anos para conseguir se aposentar, é difícil, então precisamos lutar”, explicou.
Conforme a organização, escolas municipais e estaduais não tiveram aula devido à paralisação dos professores. Servidores públicos e estudantes da UFT e IFTO também fecharam os portões e devem passar o dia inteiro em manifestação.
O estudante do IFTO, Paulo Cesar Nóbrega, afirmou que a manifestação conjunta é de extrema importante. “Esse ato é necessário, porque quando a gente se junta, estudante e sociedade, mostramos que temos uma voz. Dependemos do IF e somos contra os cortes porque nos afeta muito, nosso campus pode até fechar com isso”, ressaltou.
Enquanto do lado de fora da Assembleia, centenas de manifestantes protestavam em defesa da educação, com falas de representantes de entidades e categorias, do lado de dentro a sessão legislativa prevista regimentalmente foi suspensa para abrir uma sessão popular com os representantes do ato. Na ocasião, deputados também se posicionaram. O reitor da UFT, Luís Eduardo Bovolato, também participou da manifestação, considerando o bloqueio orçamentário "inadmissível" e esteve no plenário.
Os estudantes e professores também deliberaram por uma volta na praça para conscientizar à população sobre os cortes orçamentários nas universidades e a reforma da previdência.
Confira fotos dos atos da repórter fotográfica Lia Mara:
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