Foi deflagrada na manhã de hoje, pela Polícia Federal (PF), a Operação Poraquê, que tem como objetivo apurar desvios de recursos públicos na Prefeitura Municipal de Piraquê, com a utilização de empresas de fachada. Foram cumpridos oito mandados judiciais em Araguaína e Piraquê, sendo quatro de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva. A estimativa é que os prejuízos causados ao município cheguem a R$ 3 milhões.

Poraquê

O Poraquê (Electrophorus electricus) é uma das conhecidas espécies de peixe-elétrico. Devido ao fato de viajantes ao seguirem pela estrada de boiada que levava para Babaçulândia e descansarem na beira de um córrego, mataram um poraquê. O córrego, bem como a região e o povoado local, teriam sido chamados de Poraquê. Aos poucos, o nome teria mudado para Piraquê.

Iniciada este ano, a operação revelou a existência de um esquema criminoso que desviava recursos públicos, inclusive federais, através de uma empresa de fachada que seria do cunhado do ex-secretário de controle Interno de Piraquê em conjunto com o ex-prefeito João Batista Nepomuceno Sobrinho e o ex-secretário de Finanças do município.

A empresa teria sido contrata devido a uma frauda na licitação para realização de diversas obras, executadas pelos próprio servidores municipais. Com isso, segundo a Polícia Federal, a verba era desviada. O esquema teria operado na cidade desde 2012 até 2015, quando o mandado do ex-prefeito foi cassado pela Justiça Federal por improbidade administrativa por causa de desvios de recursos da merenda escolar entre 200 e 2007.