Ao ter as passagens aéreas com destino a Buenos Aires, na Argentina, em viagem de núpcias canceladas pela 123milhas, os noivos João Vitor Borges Milhomem,  25, e Marcela Franco Carneiro Resque, 33, viram-se em uma situação de angústia, frustração e preocupação.

O casamento está marcado para o dia 14 de outubro e a viagem em lua de mel para ocorrer entre os dias 18 e 28 de outubro. Para conseguir pagar e garantir a viagem de núpcias com tranquilidade, eles compraram duas passagens no valor de R$ 2.787,88, saindo de Brasília(DF), em novembro de 2022, mas a empresa não emitiu as passagens.

“Quando soubemos do cancelamento do voo, ficamos angustiados e imediatamente procuramos confirmar a informação através do site oficial da empresa. Essa notícia nos deixou frustrados e preocupados com o possível prejuízo financeiro e principalmente com a possibilidade de perdermos a viagem”, conta o noivo.

Mesmo com a situação, os noivos não consideram adiar o casamento ou a lua de mel. “Contratamos todos os fornecedores para o casamento, não conseguimos remarcar e adequar à eventual nova data, acarretaria em multas contratuais superiores ao prejuízo da viagem”.

Casos discutidos na Justiça

Os dois fazem parte dos tocantinenses que acionaram a empresa na Justiça. Até a sexta-feira, 25, eram 34 ações judiciais nas comarcas do Tocantins com pedido liminar para obrigar a empresa a devolver o valor das passagens. Parte das histórias pessoais por traz das ações foi mostrada pelo JTo e pode ser conferida aqui.

A ação de João Vitor Marcela teve o protocolo no dia 22 de agosto na Justiça e pediu a emissão das passagens aéreas contratadas no prazo de 24h sob multa diária de R$ 1 mil reais, R$ 10 mil por danos morais e R$ 2.787,88 por danos materiais. O valor da causa é de R$ 22.787,88.

Três dias depois, às 14h5, a juíza Edssandra Barbosa da Silva Lourenço concedeu parcialmente uma decisão provisória ao casal. A magistrada mandou a empresa emitir as passagens aéreas até o dia 8 de outubro, com multa de R$ 2 mil até o limite de R$ 30 mil. Antes, marcou audiência de conciliação.

João e Marcela decidiram aguardar o prazo estipulado pela Justiça, até o dia 8 de outubro, para saber se a empresa vai emitir as passagens, conforme a decisão.

Caso a empresa recorra ou não faça a emissão das passagens na forma contratada, o casal considera adquirir novas passagens, para evitar um prejuízo maior, já que a hospedagem está paga.

“Essa situação impactou emocionalmente, financeiramente e logisticamente em nós. A incerteza quanto à realização da nossa lua de mel conforme planejado gerou angústia em um momento que deveria ser especial. Apesar disso, estamos confiantes no sistema judiciário e acreditamos que conseguiremos realizar a nossa sonhada lua de mel, mesmo diante desses desafios”, finaliza.