Após abrir a sessão final do julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, deferiu requerimento para que a cassação e a perda dos direitos políticos da petista por oito anos sejam votados em separado.

"Num primeiro momento, a decisão deste presidente será no sentido de prestigiar o regimento, de prestigiar os direitos subjetivos dos parlamentares, que podem esperar que o regimento seja cumprido tal como ele está redigido", disse Lewandowski em resposta ao pedido apresentado pelo senador Vicentinho Alves (PT-TO).

"Não tenho como mudar de comportamento, no prazo de menos de uma semana. Se eu admiti os destaques em questões complexas, que deveriam ser contrastadas com a Constituição, não vejo como, sem faltar com a minha coerência e com o dever de juiz que tenho antes de tudo, deixar de deferir a apreciação deste destaque", explicou o presidente do STF.

"Mesmo que pudéssemos acolher o requerimento, seria inócuo, porque sua Excelência presidente Dilma Rousseff estaria enquadrada na lei da Ficha Limpa. Portanto requeiro à vossa Excelência o indeferimento", afirmou Cunha Lima.

Já Collor argumentou que a perda de direitos políticos "não é pena acessória, é ao lado da perda de cargo pena principal".