O futuro político da presidenta afastada Dilma Rousseff vai ser decido neste sexto e conclusivo dia de julgamento final do processo de impeachment. "É um resumo de tudo o que aconteceu até o momento, inclusive os argumentos da acusação e da defesa", disse o ministro que anunciou um "brevissimo resumo do que importa", diz Lewandowski.

No documento, o ministro lista provas e os principais argumentos que foram apresentados ao longo dos últimos dias pela acusação e pela defesa. Após quase 70 horas de julgamento, iniciado na última quinta-feira (25), foram ouvidos, além da própria representada, parlamentares, testemunhas e os advogados das duas partes.

Logo mais, os senadores decidem se afastam definitivamente a petista do comando do Executivo. Para que o impeachment seja aprovado são necessários, pelo menos, 54 votos dos 81 senadores.

A expectativa é de um placar apertado pela cassação da petista. Aliados de Dilma tentarão, até o último minuto, reverter votos para salvá-la; enquanto, os parlamentares da base do presidente interino Michel Temer fazem o mesmo, buscando votos de indecisos para garantir a posse do peemedebista ainda hoje.

Rito

Depois da leitura do relatório de Lewandowski, quatro senadores – dois contrários e dois favoráveis ao impeachment de Dilma – falarão por cinco minutos cada, para encaminhar a votação. O resultado deve ser conhecido no início da tarde de hoje.

A votação será nominal com o uso do painel eletrônico e cada parlamentar escolherá entre a resposta “sim” ou “não” à pergunta que será lida por Lewandowski: "Cometeu a acusada, a senhora Presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional que lhe são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?"