Não sabemos até quando esta crise irá perdurar, precisamos estar conscientes que a economia mudou e só nos resta adaptar a esta nova realidade. Este momento nos será útil ao crescimento, a experiência de escassez nos ensina mais que a vivência na fartura. Quando se tem credito fácil, juros baixos, empregos estáveis, não se planejam os gastos, eles acontecem, e por isso hoje boa parcela da população encontra-se endividada ou inadimplente.

Mas, somos brasileiros, não desistimos nunca e somos demasiadamente criativos, não é o mais forte ou mais inteligente que sobrevive melhor e sim aquele que mais rápido se adaptar ao novo. Portanto vamos a algumas regras para driblar esta crise no decorrer deste ano:

Sejamos realistas

É necessário viver a realidade de olhos abertos, sem pessimismo ou com espirito de derrota, tipo “não tenho saída”, devemos estar atentos aos acontecimentos e de olho no padrão de vida. Não podemos insistir em viver com hábitos que não cabe em nosso orçamento familiar, vamos nos reunir e dialogar para promover mudanças e crescimento.

Razão versus emoção

O dinheiro nos faz agir com a emoção e esta é a primeira mudança, seja prático e aja com a razão, esta mudança de comportamento e visão, leva a uma postura diferente diante dos gastos e do dialogo familiar. Não podemos apenas pensar no que o dinheiro ou a falta dele nos proporciona, precisamos pensar com eficácia no futuro e nas pessoas que estão envolvidas.

Origem e destino

É necessário saber exatamente qual o valor que entra em sua conta bancaria, muitos sabem o valor do salário, mas não acompanham o valor creditado. Também necessário um controle minucioso para visualizar para onde está indo o resultado de seu esforço e trabalho. Divida seus gastos como em um plano de contas, tipo, alimentação, casa, educação, lazer, etc. assim visualizará melhor.

Faça um diagnostico

Efetuar um levantamento de compromissos, dividas já existentes fará com que a família enxergue o tamanho do rombo e juntos com criatividade, encontram a saída. Anotar todos os gastos efetuados também fará com que tenha uma nova dimensão de que destino tem dado ao seu saldo bancário. Os gastos volumosos mesmo sem anotar, temos consciência, porem os que não damos tanta relevância são os que farão a diferença em nosso orçamento.

Elabore um orçamento

Planejamento é fundamental para o sucesso das finanças pessoais, feito o diagnóstico, vamos a análise, o que é possível diminuir ou mesmo eliminar? Podemos reduzir muito, até em compras de supermercado, eliminando o supérfluo e evitando o desperdício, vamos aprender a viver com o essencial. No Brasil, nos últimos cinco anos a produção de lixo aumentou cinco vezes mais que o crescimento da população, isto prova que muito do nosso “dinheiro” vai para o lixo.

Faça dinheiro

Sabemos que quando as contas não fecham, só temos duas saídas, reduzir os gastos ou aumentar as receitas, se conseguir as duas coisas, bingo! Desta forma sugere-se aumentar a renda, usar a criatividade e despertar o empreendedorismo adormecido que existe em cada um. O que podemos fazer para complementar a renda, artesanato? Guloseimas? É sabido que muitos empresários de sucesso iniciaram seu empreendimento em meio a uma crise, paralelamente ao seu trabalho. Muitos estudantes pagam seus estudos vendendo algo criativo na própria instituição de ensino. Fazer dinheiro para depois gastar com cautela.

Sonhar e multiplicar

Vivenciada todas as fazes, chegou o momento de fazer sobrar para guardar. Tanto para emergências como para abastecer os sonhos. Se guardar dinheiro sem propósito, logo aparecerá um motivo menos importante que o fará desaparecer. Organize seus sonhos pessoais e familiares para que possa guardar com sentimento de realização futura, algo que trará um prazer um maior. Procure informação com um educador financeiro, qual a melhor forma para aplicar seu dinheiro.

Agindo com cautela e atentos aos acontecimentos, conseguira chegar ao final de 2016 mais equilibrado financeiramente.

Zenir C.Rodrigues é educadora financeira.
E-mail: zenirrh@gmail.com