“A sibutramina é um medicamento útil quando bem empregado e quando respeitadas todas as restrições ao uso”, fala o médico Carlos César Schleicher. “Gabriel Neri já tomou remédio para emagrecer à base de sibutramina. Fotos mostram a época em que ela pesava quase 100 kg. Chegou a perder 12 kg em um ano. O problema é que sem a medicação, ela engordou tudo de novo.” Mais um vez o uso inadequado de medicações é destaque na mídia.

Vamos saber um pouco mais a respeito dessa medicação, dos seus efeitos e riscos.

A sibutramina age sobre dois neuro transmissores: a serotonina e a noradrenalina. Esses neurotransmissores funcionam entre os neurônios, levando informações de um para o outro. Nesse processo, geram a sensação de saciedade.

São muitos os efeitos colaterais que o remédio causa, entre eles: muito apetite, insônia, tontura, náuseas, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, cólicas menstruais fortes, boca seca, prisão de ventre, modificações no apetite sexual, alterações de humor, arritmia cardíaca, problemas ao urinar, dor no peito, visão turva, edema, entre outros.

Diante de tantos possíveis efeitos colaterais fica o questionamento, devemos usar essa medicação?

A sibutramina tem efeitos colaterais sérios, assim como a obesidade leva a doenças sérias.

A questão é fazer uso adequado da medicação e não apenas usar como se fosse uma saída mágica para aquela perda rápida de peso.

Tenho falado e repetido: “Não há milagre no emagrecimento”.

Eu sei bem o que é essa luta contra o peso, sei como paciente e sei com médico.

Como paciente eu cheguei a usar sibutramina por dois meses, mas foi usada de maneira correta, usada com auxilio no tratamento que envolveu a sibutramina, a nutrologia e o educador físico.

Como médico sou defensor do uso de todos os recursos possíveis para o tratamento da obesidade.

Sei dos efeitos colaterais, assim como dos perigos da obesidade, a questão é que as pessoas, e coloco alguns médicos no balaio, querem tomar sibutramina para entrar no vestidinho de formatura.

Emagrecer é bom, mas precisa ser de maneira responsável: - Mudança no estilo de vida é fundamental. - As medicações são importantes, desde que tenham indicações e acompanhamento sério.

Sou um defensor do uso dessa medicação, assim como de qualquer medicação que possa ajudar a resolver uma doença que cresce em passos largos.

Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde revela que o índice de brasileiros acima do peso segue em crescimento no país - mais da metade de população está nesta categoria (52,5%) e, destes, 17,9% são obesos, fatia que se manteve estável nos últimos anos.

Defensor do uso e não do abuso.

Procure um médico da sua confiança. Ele poderá te orientar sobre os melhores tratamentos.