Em maio desse ano, a urna eletrônica brasileira completou 20 anos. Desde 1996, ela já passou por um processo de evolução grande com o objetivo de garantir a segurança e sigilo do voto.

 

A criação de um sistema mecanizado para coletar os votos é antiga. O Código Eleitoral, de 1932, já previa o “uso das máquinas de votar”. Meio século depois, em 1958, Sócrates Ricardo Puntel, criou um equipamento que funcionava por meio de duas teclas e réguas que indicavam os cargos a serem preenchidos. Esse material, no entanto não chegou a ser utilizado no processo eleitoral.

Somente entre 1985 e 1986, com a consolidação do cadastro único e automatizado de eleitores, a informatização do voto começou a virar realidade no país. Os recursos tecnológicos da época foram suficientes para a criação do sistema.

Com o cenário mais informatizado, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) começaram a trabalhar no desenvolvimento de diversos protótipos de urnas eletrônicas.

Em 2000 é que a votação eletrônica foi utilizada em todos os municípios brasileiros, tendo sido, portanto, completamente informatizada.

As eleições gerais de 2014 utilizaram quase meio milhão de urnas para registrar o voto dos 115 milhões de brasileiros que compareceram ao pleito. No primeiro turno, o tempo de apuração e totalização de votos foi recorde: às 19h56m28s já era possível saber o resultado matemático, com 91% dos votos válidos apurados.

 

Biometria

A biometria é uma tecnologia que confere ainda mais segurança à identificação do eleitor no momento da votação. Acoplado à urna eletrônica, o leitor biométrico confirma a identidade de cada pessoa por meio das impressões digitais, armazenadas em um banco de dados da Justiça Eleitoral e transferidas para as urnas eletrônicas.

Para que o eleitor seja identificado por meio da digital nas eleições, é necessário o prévio cadastramento no sistema: no ato do atendimento em cartório ou em posto da Justiça Eleitoral, além da atualização dos dados constantes no cadastro, são coletadas as impressões digitais dos dez dedos, fotografia e assinatura digitalizada de cada pessoa.