O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio decidiu hoje (20) adiar o julgamento sobre o pedido de prisão preventiva feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

A decisão foi tomada pelo ministro, que é relator do processo, para decidir primeiro sobre um recurso protocolado nesta manhã pela defesa de Aécio Neves, que pretende ser julgado pelo plenário da Corte. Ainda não há data para a retomada do julgamento.

Na semana passada, a PGR reforçou o pedido de prisão e alegou que Aécio Neves não está cumprindo a medida cautelar de afastamento. Ao reiterar o pedido, Janot citou uma postagem do senador afastado, em sua página no Facebook, no dia 30 de maio, em que ele aparece em uma foto acompanhado dos senadores Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e José Serra (SP), colegas de partido. “Na pauta, votações no Congresso e a agenda política”, diz a legenda da foto.

Em nota, a assessoria de Aécio Neves informou que o senador afastado tem cumprido integralmente a decisão do ministro Edson Fachin e se mantém afastado das atividades parlamentares. “Entre as cautelares determinadas não consta o impedimento de receber visitas e discutir como cidadão, e não como parlamentar, assuntos diversos”, diz o texto.

Presos

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu soltar da prisão a irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, o primo da família, Frederico Pacheco de Medeiros, e também o ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima. Os três estão presos preventivamente por decisão do ministro Edson Fachin no âmbito da Operação Patmos. Todos eles irão para prisão domiciliar.

O relator do caso e presidente da 1.ª Turma, Marco Aurélio Mello, decidiu colocar em análise, no primeiro momento, o recurso de Mendherson - ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) - filmado pegando parte do total de R$ 2 milhões entregues pela JBS a pedido de Aécio. Por 3 votos a 2, o colegiado decidiu por sua soltura.