Todos são unânimes, as verbas extras são fundamentais para o desempenho da atividade parlamentar. Sem a verba de gabinete, o deputado estadual e federal e senador não disporia de assessores para auxiliarem no mandato. A verba indenizatória, também conhecida como cota parlamentar, funciona como ressarcimento de despesas dos deputados com gastos relacionados ao mandato, tendo limites para gastos com combustíveis, entre outras áreas.

“Neste ano não usei toda a verba de gabinete para contratação e nem a indenizatória na sua totalidade. Temos o segundo Parlamento mais caro do mundo, perdendo apenas para os EUA”, disse o senador Ataídes Oliveira (PSDB). Ele informou que o custo chega a R$ 12 bilhões por ano. O senador disse que o maior gasto é com o funcionalismo e o custo operacional, mas é preciso cortar o custo em todas as áreas, inclusive nas verbas dos congressistas.

“A verba indenizatória custeia os gastos normais e essenciais para o pleno funcionamento do gabinete como divulgação de ações, serviços de consultoria, passagens, correios, assinaturas de publicações”, detalhou a deputada federal Professora Dorinha (DEM). Ela explicou que recebe de volta o dinheiro efetivamente gasto, comprovado por meio de notas fiscais e se a despesa for aprovada pelo departamento responsável.

“Desde o momento em que me tornei deputado federal tenho investido mais que qualquer um na divulgação das minhas atividades no Congresso, por acreditar que o povo precisa e merece ser informado sobre todas as ações que em nome do meu Estado tenho cometido em âmbito federal”, argumentou César Halum (PRB).

O deputado federal Lázaro Botelho (PP) frisou que todos os recursos descritos seguem as normas regimentais da Câmara dos Deputados, destacando o cumprimento rigoroso da legislação.

O deputado Eduardo Siqueira Campos (DEM) primeiro lembrou que esteve afastado desde o ano passado para tratamento de saúde e não estaria recebendo nenhuma verba indenizatória. Ele informou que teve acesso no período da licença somente ao seu salário mensal e ao auxílio-moradia, que é pago em conta separada para poder ser auditada.

Eduardo Siqueira relembrou que não faz uso do auxílio-moradia para fins pessoais, sendo todo o recurso repassado em ações de assistência social, sendo que a documentação relativa a essa iniciativa estaria à disposição da imprensa e da sociedade.

A deputada Valderez Castelo Branco (PP) disse que os gastos estão previstos em lei e devidamente justificados para o exercício do mandato parlamentar.

Todos os deputados estaduais e federais e mais os senadores foram procurados via suas assessorias de comunicação e e-mails institucionais desde o último dia 11, mas nem todos se manifestaram.