A decisão desta terça-feira (16), da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça que converteu a prisão preventiva de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em domiciliar no julgamento determinou que o acusado faça uso dee tornozeleira eletrônica.

A decisão é a mesma da Justiça carioca de início de julho e que não foi cumprida porque o sistema prisional do Rio de Janeiro não dispunha do equipamento. Até o momento o sistema penitenciário do Rio não informou se o fornecimento do equipamento foi normalizado. 

A empresa responsável pelo fornecimento de tornozeleiras eletrônicas não havia recebido o pagamento de um débito de R$ 2,8 milhões até o dia 18 do mês passado e se negava a fornecer o produto sem a quitação do débito.

Segundo o advogado Nabor Bulhões, a liminar concedida manteve as mesmas cautelares estabelecidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Nefi Cordeiro no dia 8 de julho, que converteu a prisão preventiva em domiciliar. O passaporte de Cachoeira já está recolhido.

No mesmo dia, a Justiça do Rio anunciou que ia soltar cerca de 1 mil presos sem tornozeleira eletrônica. A defesa de cachoeira acredita que ele também será beneficiado por essa decisão. 

Carlinhos foi preso durante a Operação Saqueador, da Polícia Federal do Rio de Janeiro, no dia 30 de junho, acusado de participar de um esquema que lavou R$ 370 milhões provenientes de contratos entre a Delta e o poder público entre 2007 e 2012. Na mesma operação, foram detidos o ex-diretor da Delta, Fernando Cavendish e os empresários Adir Assad, Cláudio Abreu e Marcelo Abbu.