O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reiterou em entrevista que solicitou apenas a ajuda da Força Nacional e não do Exército para conter os protestos na Esplanada. "De fato o ambiente na Esplanada era grave e para garantir a segurança tanto dos manifestantes quanto daqueles que trabalham nos ministérios e na Câmara, eu fui ao presidente e conversei com ele porque achava que a Força Nacional pudesse colaborar junto com a Polícia do governo do Distrito Federal", explicou.

Maia disse que se o governo agiu de outra forma, foi uma decisão exclusiva do Executivo. "Se o governo encaminhou algo maior, aí é uma posição do governo", respondeu. O deputado afirmou que o clima de conflagração no plenário se deve porque um lado quer obstruir e outro quer trabalhar. "Acho que o importante é manter a garantia de segurança", reforçou.

Neste momento a sessão está suspensa. A oposição está reunida na liderança do PDT para traçar estratégia para impedir a retomada da sessão plenária. Já os governistas foram para o gabinete da presidência da Câmara.

Veja o pronunciamento:

No decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União,  o presidente Michel Temer autoriza o emprego das Forças Armadas "para a garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal".  O decreto, define que a área de atuação para o emprego das Forças Armadas será definida pelo Ministério da Defesa de hoje até o dia 31 de maio.

Desde o início da tarde, manifestantes protestam na Esplanada contra as reformas, pedem a saída de Temer e eleições diretas no país. A manifestação, chamada Ocupa Brasília, foi convocada por centrais sindicais. 

Ainda de acordo com Jungmann, a manifestação desta tarde estava prevista, mas acabou tomando outros rumos. “Degringolou na violência, no vandalismo, no desrespeito, na agressão ao patrimônio público e na ameaça às pessoas", disse.

O ministro ainda afirmou Temer afirmou que “é inaceitável a baderna, o descontrole. Ele não vai aceitar atos de baderna”, afirmou. 

Parte dos manifestantes tentou furar o bloqueio feito pela Polícia Militar para isolar o gramado em frente ao Congresso Nacional. Com isso, os policiais atiraram bombas de efeito moral para dispersar. Teve início um tumulto e um grupo de manifestantes, usando máscaras ou cobrindo o rosto, começou a quebrar vidraças dos ministérios, orelhões, paradas de ônibus e banheiros químicos. 

Alguns ministérios, como o da Fazenda, foram evacuados e os funcionários tiveram de deixar o prédio.

Durante palestra na Fundação Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, Villas Bôas disse que o Exército pode ser empregado nessas questões, mas nunca desrespeitando os limites constitucionais.

O comandante afirmou ainda que as Forças Armadas devem respeitar as instituições e que elas são importantes para o País sair "desse imbróglio que nós estamos metidos".