A jornalista Andrea Neves, irmã e assessora do senador Aécio Neves (PSDB-MG), chegou por volta das 14h30 desta quinta-feira (18) no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte. Ela foi presa pela manhã em um condomínio em Brumadinho, na Região Metropolitana da capital mineira durante uma ação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, em função das suspeitas de que ela tenha trabalhado como operadora do irmão, pedindo dinheiro ao empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, para a defesa de Aécio nas investigações da Operação Lava Jato. A informação foi divulgada na noite da última quarta (17) pelo jornal O Globo.

Antes da chegada na penitenciária, ela foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização do exame de corpo de delito. De acordo com o G1 Minas Gerais, manifestantes aguardavam na porta do instituto o carro onde Andrea estava. Quando a irmã de Aécio Neves desceu do veículo, eles gritaram "bandida".

Segundo a Secretaria Estadual de Administração Prisional de Minas Gerais (SEAP-MG), Andrea ficará em uma ala separada do pavilhão principal do complexo, devido ao tipo de crime do qual ela é acusada, às condições de sua captura e à repercussão do caso.

Sua cela será individual, com tamanho de 2,5m de altura e 3m de largura e terá uma cama, vaso sanitário e chuveiro. A irmã de Aécio Neves será submetida a todos os procedimentos que as demais presas como quatro alimentações por dia, banho de sol, visitas e assistências médica e psicossocial.

O advogado de Andrea, Marcelo Leonardo, afirmou que após a prisão, ela foi encaminhada para a sede da Polícia Federal (PF) em Belo Horizonte, onde prestou depoimento. A recomendação dada à irmã do senador Aécio Neves foi de permanecer em silêncio, já que a defesa não conseguiu acessar os autos da investigação. Segundo Marcelo, a prisão pode ser revertida com uma medida cautelar, mas uma análise dos documentos e pedidos de investigação deverá ser feita por ele antes.