A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (11) a segunda fase da Operação Sexto Mandamento, que investiga um grupo de extermínio formado por policiais militares do Estado.

Então sendo cumpridos três mandados de prisão temporária e 17 de condução coercitiva, 11 deles contra policiais militares. O tenente-coronel Ricardo Rocha, comandante do policiamento da capital, foi detido coercitivamente e será levado para Brasília para prestar depoimento. Ele já havia sido preso por quatro meses na primeira fase da operação, em 2011.

Na primeira etapa da Sexto Mandamento, 19 policiais foram presos depois de um ano de investigação. Entre as vítimas estavam crianças, adolescentes e mulheres sem qualquer envolvimento com crimes. A suspeita é de que o grupo tenha feito mais de cem vítimas. As informações são do G1 no Distrito Federal. 

A segunda fase da operação ocorre nas cidades de Goiânia, Alvorada do Norte e Formosa e investiga duas mortes e dois desaparecimentos. Pelo menos 140 policiais podem estar envolvidos nos crimes praticados em 2010.

Desde 2015, o inquérito instaurado pela PF para apurar o caso tramita na Justiça Federal de Formosa.

Entenda o caso

Em 2011, uma ação da Polícia Federal em Goiás buscou desarticular uma organização criminosa composta por policiais militares do Estado. A suspeita é que os integrantes tinham como principal atividade a prática habitual de homicídios com a simulação de que os crimes capitais foram praticados em confrontos com as vítimas.

Os crimes teriam acontecido durante horário de trabalho dos policiais e com uso de viaturas da corporação. O inquérito apontava a possibilidade de 40 mortes em dez anos de atuação.

Na primeira etapa, 19 PMs foram presos. Entre eles o tenente-coronel Ricardo Rocha.