O mau tempo, com fortes chuvas, dificultou o trabalho das equipes de emergência no dia seguinte ao forte terremoto, de 7,8 graus de magnitude, atingir a Nova Zelândia na madrugada de segunda-feira (14).
O tremor deixou dois mortos e causou danos sérios à infraestrutura do país, como soterramentos e destruição de estradas. A cidade de Kaikura, que recebe muitos turistas, está praticamente isolada.
"São cenas de devastação absoluta", disse o primeiro-ministro John Key, que sobrevoou áreas atingidas de helicóptero.
"Parece que a infraestrutura foi o maior problema, ainda que não possa minimizar o sofrimento e o terrível medo que tanta gente passou", disse o ministro da Defesa Civil, Gerry Brownlee.
Segundo o ministro, o número de mortos não deve aumentar. "Creio que se houvessem feridos graves ou mais mortos, estaríamos sabendo", disse ele à rádio New Zealand.
Uma pessoa morreu em um desabamento de uma casa em Kaikura, no sul do país. A outra morte ocorreu ao norte de Christchurch, mas não foram revelados mais detalhes.
O terremoto ocorreu à 0h02 de segunda (14), no horário local (9h02 de domingo em Brasília), com epicentro na ilha sul, a 23 km de profundidade e a 90 km de distância de Christchurch, uma das principais cidades da mesma ilha.
Depois do tremor principal, houve centenas de tremores menores, alguns com magnitude superior a seis.
Após o terremoto, as sirenes de alerta de tsunami dispararam em várias partes da costa e milhares de pessoas deixaram suas casas. Ondas de até dois metros chegaram à costa, mas algumas horas depois o alerta foi suspenso.
Em várias regiões, além dos estragos nas construções, há estradas bloqueadas, serviço de trens interrompido e cortes de eletricidade e de redes de telefonia.
Kaikura, cidade de dois mil habitantes, está quase completamente isolada, com estradas fechadas e linhas de telefonia inoperantes. Cerca de mil turistas que estão lá serão retirados por aeronaves nos próximos dias. Pode levar duas semanas até as estradas serem reabertas.
Imagens aéreas de Kaikura, local procurado para observação de baleias, mostraram trilhos arrancados do chão e deslocadas em até dez metros por causa do tremor.
Perto dali, foram fotografas duas vacas ilhadas em uma área rural depois da terra deslizar ao redor delas.
Na capital Wellington, as ruas ficaram repletas de destroços e pedaços de vidro, os transportes públicos não funcionaram e a população foi orientada a não ir trabalhar. Vários prédios estão tendo suas estruturas avaliadas antes de serem liberados para uso.