A primeira-ministra britânica, Theresa May, apresentou ontem o que chamou de “acordo justo” para os cidadãos europeus que vivem na Grã-Bretanha após concluído o Brexit. Em seu primeiro teste de força nas negociações com a União Europeia, May afirmou que não quer que ninguém tenha de deixar seu país ou dividir famílias em razão da separação.

Ao expor cinco princípios da sua “séria e justa oferta”, May afirmou aos líderes da UE na cúpula em Bruxelas que ela oferecerá segurança aos cidadãos europeus sobre seu futuro na Grã-Bretanha, suavizando seu tom ao abordar o Brexit. Segundo ela, europeus com cinco anos de residência no país manterão seu status de residência permanente na Grã-Bretanha.

A ideia da premiê é “garantir que os europeus residindo no Reino Unido tenham seus direitos protegidos após a saída do país do bloco” e “ver protegidos os direitos dos cidadãos britânicos na Europa”.

Os 27 países querem garantir os direitos de 3,6 milhões de cidadãos da UE que vivem no Reino Unido e de 900 mil britânicos que residem no bloco, em sua maioria na Espanha, incluindo acesso a educação e saúde.

Vestido

O chapéu usado na quarta (21) pela rainha Elizabeth II durante o discurso que abriu o calendário parlamentar do País provocou furor na imprensa e nas redes sociais em virtude de seu formato e suas cores, que, para muitos, lembrou a bandeira da União Europeia (UE).

Com um vestido azul royal e o adereço na mesma cor, cravejado por detalhes em amarelo, a monarca leu o plano de governo da premiê Theresa May para os próximos dois anos, no qual a líder do Partido Conservador amenizou algumas de suas propostas de campanha, que previam o chamado “Brexit duro”. A bandeira europeia é formada por estrelas amarelas em círculo dentro de um retângulo azul.

A rainha, como chefe de Estado, evita se pronunciar politicamente. Durante a campanha do referendo, no ano passado, o jornal The Sun publicou que ela, em conversas reservadas, disse ser partidária do rompimento com a UE. O Palácio de Buckingham desmentiu a reportagem.