A Polícia Civil encontrou no começo da tarde deste sábado (28) o corpo da professora Maria da Conceição Campo em um matagal às margens da GO-222 no distrito de Goialândia, em Anápolis, a 80 km de Goiânia. A educadora tinha saído de casa para se encontrar com o agente financeiro Cleudimar Barreto, com quem mantinha um relacionamento amoroso, e cobrar uma dívida de R$ 30 mil no último dia 19 de janeiro. Foi o próprio Cleudimar que indicou o local exato de onde estava o corpo. 

A análise de imagens do circuito de câmeras do terminal de ônibus Maranata possibilitou que a polícia chegasse até o agente financeiro. No dia que a educadora sumiu, ele a buscou em um Toyota Corolla Branco que está financiado no nome da mulher.

O Delegado da Regional de Aparecida de Goiânia, Arthur Fleury, contou que devido à alta repercussão do caso sabiam da possibilidade de fuga do suspeito. Após diligência, ele foi localizado em Brazabrantes, mas fugiu e foi preso em Santo Antônio de Goiás juntamente com o carro. No momento da prisão, ele confessou participação no crime.

Várias versões

Segundo o delegado, o suspeito apresentou várias versões diferentes. Primeiro ele afirmou que não tinha ido até o terminal, depois contou que buscou Maria da Conceição, eles jantaram e a deixou em uma rua qualquer. Por último, ele confessou que teria participação na morte da professora. “Ele alega que foi apenas uma isca e que a teria levado para a casa de uma terceira pessoa que a matou.”

De acordo com Arthur, ele a buscou no terminal, foram jantar e ele pegou mais folhas de cheque assinadas e em branco. Depois ele a levou para o local do crime ainda desconhecido. “Há 30 dias ele estava vendendo o carro. Ele falava que o veículo era de uma tia falecida e ele tinha uma procuração assinada por ela.” Questionado sobre qual seria a motivação do crime, Arthur disse que Cleudimar estava sendo pressionado pela vítima que, por sua vez, estava sendo pressionada pela família que se encontra em uma precária situação financeira. A professora queria o dinheiro, que passa de R$ 30 mil, de volta. “Ele precisava de dinheiro, resolveu matá-la, vender o carro e se livrar das dívidas que tinha com ela”, contou.

O delegado ainda disse que Cleudimar acredita que, sem corpo, não há crime. Mas isso não condiz com a realidade. Em relação à participação de uma terceira pessoa, Arthur é cauteloso. “Não podemos afirmar que uma terceira pessoa tenha participado do crime”, disse.