A Casa Branca pediu neste domingo (5) ao Congresso dos EUA que examine se a administração Obama abusou de sua "autoridade investigativa" executiva durante a campanha de 2016, como parte da pesquisa do Congresso sobre a influência da Rússia nas eleições presidenciais.

O pedido veio um dia depois que o presidente Donald Trump alegou, sem apresentar quaisquer provas, que seu predecessor, Barack Obama, ordenou uma escuta telefônica na Trump Tower, que foi a sede da campanha de Trump.

O porta-voz de Barack Obama, Kevin Lewis, negou as acusações do atual presidente. "Uma regra crucial da administração Obama era a de que nenhum funcionário da Casa Branca interferisse em nenhuma investigação do Departamento de Justiça."

Além da falta de provas, Trump também não deu indícios da origem das acusações. A agência Associated Press e o jornal britânico "The Guardian" afirmam que o presidente reproduziu alegações de sites de extrema direita.

Na quinta (2), o radialista Mark Levin mencionou os passos que Obama teria tomado para vigiar o sucessor. A acusação foi publicada no dia seguinte no Breitbart News, que tem entre os fundadores Stephen Bannon, estrategista-chefe do presidente.

Este foi o segundo ataque de Trump a Obama em menos de uma semana. Em entrevista à Fox News na terça (28), ele culpou o democrata pelos protestos contra seu governo em todo o país desde sua posse, em janeiro.