A Justiça condenou, nesta sexta-feira (2), a três anos de prisão o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar um esquema de exploração ilegal de caça-níqueis em Goiás, em desdobramentos da Operação Monte Carlo. De acordo com o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), a medida ocorreu pelos crimes de prevaricação e violação de sigilo funcional, com pena de três anos de prisão. Ainda cabe recurso.

A decisão, do juiz federal Carlos Roberto Alves dos Santos, da 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia, que ocorreu no último dia 23, só foi divulgada nesta sexta-feira (2).

Além de Cachoeira, também figura com réu no processo o ex-delegado da Polícia Federal Fernando Antônio Hereda Byron Filho. Ele foi flagrado em encontros e escutas telefônicas com o contraventor.

A investigação aponta que o então delegado fornecia informações ao grupo sobre possíveis investigações envolvendo a máfia dos caça-níqueis e, em troca, recebia benefícios financeiros.

Ainda de acordo com o processo, enquanto conduzia um inquérito policial em que o empresário era investigado, Byron deixou de praticar atos próprios de seu ofício e, em vez de continuar com as diligências, optou por finalizar as investigações e passou a entregar a Cachoeira informações sobre os procedimentos adotados pela PF.

Ao analisar o caso, o magistrado condenou Cachoeira a três anos de prisão, sem direito ao benefício da substituição da pena restritiva, pois ele já foi condenado a 39 anos e 8 meses de prisão em outra ação, da qual ele recorreu e aguarda em liberdade.

Já em relação a Byron, o processo está suspenso, pois, mesmo citado por edital, o réu não compareceu aos autos.