Um homem matou ao menos três pessoas e feriu outras 20 após um ataque nos arredores do Parlamento britânico, em Londres, nesta quarta-feira (22). A ação está sendo tratada pelas autoridades como um ato terrorista. O agressor foi morto pela polícia.

De acordo com as autoridades, o suspeito avançou com o carro na direção de pedestres na ponte Westminster, na região do Parlamento, antes de colidir com uma grade do prédio.

O agressor saiu do carro e esfaqueou um policial na entrada do Parlamento antes de ser morto pelos policiais. O oficial esfaqueado e outras duas pessoas atropeladas na ponte morreram, afirmou Mark Rowley, chefe da divisão de contraterrorismo da polícia de Londres.

Orientada pelas forças de segurança, a Câmara dos Comuns encerrou suas atividades. Legisladores e jornalistas ainda são mantidos dentro do Westminster Hall, onde era realizada a sessão legislativa no momento do ataque.

O assessor parlamentar Marcos Gold afirmou à reportagem que a polícia continua a varredura do Parlamento em busca de suspeitos. "Eu ouvi gritos e depois uma explosão. Agora sabemos que era o carro invadindo o portão do palácio. Depois disso, um homem pulou a cerca com o que pareciam ser facas. Depois disso, ouvimos uma serie de tiros."

Quarta-feira é o dia da tradicional sessão em que o primeiro-ministro responde a questionamentos dos membros do Parlamento. O porta-voz da primeira-ministra, Theresa May, disse que ela está bem, mas não informou a localização de May no momento do ataque.

Ela foi retirada do Parlamento, segundo o jornal "The Guardian", por ao menos oito homens armados minutos após o incidente. May convocou uma reunião do comitê de segurança do governo para discutir a resposta ao ataque.

Testemunhas afirmam que um grande número de policiais armados chegaram ao Parlamento, alguns deles carregando escudos.
Imagens da ponte -um ponto em que turistas se aglomeram para fotografar a icônica torre do Big Ben- mostravam diversas pessoas ao chão recebendo socorro.

Todos os acessos ao metrô nos arredores do Parlamento e da ponte foram fechados. Em sinal de respeito, o Parlamento da Escócia informou que também suspendeu sua sessão.

A Polícia Metropolitana de Londres informou que foi acionada às 14h40 locais (11h40 de Brasília) devido à uma ocorrência com armas de fogo no Parlamento. A polícia pediu a testemunhas que, caso tenham fotografado ou filmado a ação, repassem as imagens às autoridades. Foi pedido "bom senso", por outro lado, no compartilhamento nas redes sociais.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou que o presidente americano, Donald Trump, foi informado e acompanha a situação em Londres.

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, condenou o ataque. "Nós condenamos esses terríveis atos de violência, e se eles foram realizados por indivíduos perturbados ou por terroristas, as vítimas não sabem a diferença."

O premiê francês, Bernard Cazeneuve, disse que três estudantes franceses estão entre os feridos.

Autoridades britânicas informaram que uma mulher com ferimentos graves foi retirada do rio Tâmisa após o incidente na ponte Westminster.

BRUXELAS

Os ataques coincidem com o aniversário de um ano dos atentados a Bruxelas, que deixaram 32 mortos em 2016.

O Reino Unido foi alvo de ataques em maio de 2013, quando dois homens esfaquearam o soldado Lee Rigby em uma rua no sudeste da capital.

Em julho de 2005, quatro terroristas mataram 52 pessoas em atentados suicida no sistema de transporte, o pior ataque sofrido por Londres em tempos de paz.