Depois de passar aproximadamente três meses fora de casa, família retorna e descobre que novos moradores estão vivendo no local. O homem que ocupa a casa localizada em Ribeirão Preto (SP) alega que comprou a casa por R$ 160 mil de um parente da família dona da propriedade.

A dona de casa, Fernanda Souza, contou que saiu do imóvel para acompanhar a mãe em um tratamento médico em São Paulo não voltou para casa durante o período de aproximadamente 90 dias.

"A gente não voltou porque a casa é toda fechada e tem cerca elétrica. Eu bati no portão para ver o que estava acontecendo e nisso saiu um cidadão de lá dizendo que tinha comprado a casa da minha tia, que inclusive estava doente, fazendo tratamento juntamente com a minha mãe. Ele falou que comprou a casa dela e que era pra eu sair de lá e que ele ia dar um tiro na minha cara se eu tentasse entrar", explica.

Assustada, Fernanda e a família deixaram o local. A dona da casa afirma que ela e a família vivem na casa, que foi comprada pelo pai de Fernanda, que faleceu em 1998. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar os crimes de invasão de propriedade e furto, mas orientou a família a entrar na Justiça para requerer a reintegração de posse.  

Três dias após retornar a cidade e acionar a polícia, finalmente a família conseguiu entrar na residência. Fernanda Souza disse que nenhum dos pertences que deixaram no imóvel estava lá, incluindo o carro usado por eles.

Novo morador

O homem que está ocupando o imóvel, Eder Fabri, afirma que comprou a casa de uma tia de Fernanda. A mulher negou a negociação e diz que nunca tinha visto o rapaz antes de voltar para Ribeirão Preto acompanhada da sobrinha e de seus outros parentes. O entregador Eder Fabri acredita que foi enganado.

"A velha negociou a casa comigo. Eu dei R$ 160 mil para ela mais 20 parcelas de R$ 2 mil e falou que quando eu acabasse de pagá-la ela me daria os documentos da casa. Ela vendeu a casa do irmão dela pra mim. E não vai ficar assim não, se eu perder R$ 160 mil que eu tirei dos meus filhos pra comprar uma coisa pra eles. Agora está tudo com meu advogado", encerra a conversa.

Na delegacia, ele deu a mesma versão, mas disse que já está morando na casa há dois anos e que teria um contrato, mas não localizou o documento para apresentar às autoridades.