Após ser detido pela Polícia Civil, o empresário, advogado e irmão do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), Luiz Olinto Rotoli Garcia de Oliveira, explicou que os R$ 500 mil encontrados em uma mala ao sair do banco na tarde da última segunda-feira, 1º, eram herança da avó, pelo falecimento do seu marido, e seriam utilizados para compra de gado.

De acordo com a Polícia, o carro em que o empresário estava foi apreendido e seria da Assembleia Legislativa. Em nota encaminhada a TV Anhanguera, o órgão negou que o carro tenha sido locado pelo Legislativo estadual. Além disso, um sargento da PM estava no carro juntamente com o empresário.

A Polícia Civil explicou que a abordagem foi feita após uma denúncia de extorsão. A equipe acompanhou o carro de Olinto por mais de três quarteirões para fazer a abordagem, após o empresário ter saído do banco com o dinheiro em espécie.

Em um vídeo enviado pela Polícia Civil e cedido pelo G1 Tocantins, Olinto diz que o dinheiro estava na conta da sua avó.  "Minha vó recebeu, inclusive de herança, meu avô faleceu. Tem os comprovantes todos aqui. Eu iria comprar gado. Eu tinha os intermediários, que são os compradores de gado, mas não sei falar quem são", afirmou.

 

O empresário foi ouvido pela Polícia Federal e liberado posteriormente ainda na segunda-feira. A PF está investigando o caso e deve abrir inquérito para apurar ao origem do dinheiro.

Em nota, o deputado Olyntho Neto disse que “neste momento está cumprindo intensa agenda de campanha no interior do Estado”. O deputado esclarece, na nota, que “o Sr. Luiz, é empresário, advogado e que todas as atividades que exerce são independentes e têm origem lícita, e não possuem vínculo algum com a campanha eleitoral”.

Ainda segundo a Nota enviada pelo parlamentar, “qualquer fato referente ao irmão do deputado será esclarecido pelo mesmo”.

O Jornal do Tocantins questionou a PM sobre o envolvimento do sargento, no entanto ainda não obteve resposta. O JTo também solicitou mais informações da PF e aguarda resposta.