A prisão temporária da fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Adriana Carla Floresta, alvo da Operação Lucas da Polícia Federal (PF), foi mantida após audiência de custódia na Justiça Federal realizada ontem. Diferente do que foi divulgado na terça pela Justiça Federal, o fiscal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec), cedido ao Mapa, Dawes Rodrigues Sousa Lima, teve sua prisão temporária mantida após passar por audiência de custódia na manhã de ontem.

Também seguem presos: Fernanda Alves Dias (engenheira de alimentos que teria formulado um plano de controle para as empresas e cobrado valores acima do praticado em mercado e que posteriomente, repassou parte do excedente a Adriana); o ex-marido de Adriana, Djalma Luís Feitosa; o atual companheiro de Adriana, Humphrey Teixeira dos Santos; e Antônio Augusto Machado (gerente de produção da Frango Norte, empresa que estaria envolvida no esquema).

Em outra audiência de custódia realizada ontem, os dois filhos de Adriana, Luis Fernando Floresta Feitosa e Luciano Floresta Feitosa, foram liberados, mediante o pagamento de fiança de R$ 4,6 mil. No entendimento da Justiça, a liberdade de ambos não afeta a investigação. Eles são acusados de receberem depósitos dos frigoríficos investigados para custear as mensalidades das faculdades de medicina que cursavam.

Envolvidos

A Justiça Federal também autorizou a prisão temporária de outras duas pessoas ligadas às empresas ou pessoas envolvidas. Myrian Pinto de Amorim foi detida, mas liberada após audiência. Segundo a Justiça, ela esclareceu que não administrava concretamente a empresa investigada, a Frango Norte.

Também teve mandado de prisão expedido o inspetor da Adapec Alex Rodrigues Freitas, que teria feito 16 depósitos na conta de Adriana. A PF não confirmou a prisão de Freitas, porém a Justiça Federal informou que o fiscal não chegou a passar por audiência de custódia.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias, podendo ser prorrogada. Além das prisões, a Justiça expediu 16 mandados de condução coercitiva e 36 de busca e apreensão nas residências e nas sedes de frigoríficos e laticínios investigados na operação, inclusive na sede do Mapa no Tocantins, em Palmas.