Aos poucos a economia brasileira vai retomando os rumos do crescimento e deixando os fortes sintomas das crises para trás. Uma das comprovações disso são os números positivos na criação de emprego. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Goiás abriu 39.459 postos de trabalho formais no primeiro semestre de 2017. Esse resultado fez com que o estado alcançasse o melhor desempenho, em termos relativos, e o terceiro lugar, em termos absolutos, na geração de empregos formais no acumulado do ano, dentre as Unidades da Federação. 

Em junho, foram admitidos 48.995 trabalhadores e desligados 44.200, resultando em um saldo líquido de 4.795 empregos formais com carteira, uma variação de 0,39% em relação ao estoque do mês anterior, o melhor saldo dos últimos quatro anos pra o mês. 
O mercado de empregos formais com carteira tem operado em um nível mais elevado que em 2015 e 2016. 

Setores

Apenas dois setores tiveram saldo negativo no mês de junho de 2017: Administração Pública e Serviços Industriais de Utilidade Pública. Dentre aqueles que tiveram expansão no estoque de empregos formais, no mês de junho, destacaram-se a Indústria de Transformação e o setor de Serviços, com os maiores saldos.

A Indústria de Transformação já acumula um saldo de 12.512 empregos formais até junho de 2017. O estoque de empregos do setor cresceu 5,32% nesse ano. A Indústria Química e a de Produtos Alimentícios e Bebidas são as responsáveis pelo bom desempenho do setor. Ao realizar análise por classe econômica (CNAE 2.0 – classes) identificou-se que as atividades de Fabricação de Álcool (1.206) e Fabricação Açúcar em Bruto (176) tiveram os melhores saldos nesse setor no mês de junho.

O setor de Serviços teve crescimento de 0,32% no estoque comparado ao mês anterior. O melhor saldo foi observado no subsetor de Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação, Manutenção, Redação (1.442). Na análise por Classe de atividade econômica, identificou-se que o melhor saldo foi na atividade de Associações de Defesa de Direitos Sociais (562). Por outro lado, a atividade Fornecimento e Gestão de Recursos Humanos para Terceiros fechou o maior número de postos de trabalho, saldo negativo de 192 vínculos.

O saldo de empregos formais do setor agropecuário foi muito pequeno, se comparado há anos anteriores, uma variação de 0,16% em relação ao estoque do mês anterior. Contudo, o setor ainda possui o terceiro maior saldo acumulado do ano, 10.526 empregos gerados no primeiro semestre. Nesse mês, as atividades de Cultivo de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas Anteriormente e de Cultivo de soja foram as que mais geraram empregos, 500 e 420 postos de trabalho, respectivamente.

A Construção Civil registrou apenas um saldo negativo nesse semestre (fevereiro), indicando sinais de recuperação do setor. O setor gerou 3.358 empregos formais com carteira no primeiro semestre de 2017. Os destaques desse mês são as atividades de Construção de Rodovias e Ferrovias (550 empregos gerados) e de Obras de Terraplenagem (+152 empregos). Em termos negativos, a atividade de Construção de Edifícios (-224 vínculos) foi a que mais fechou postos de trabalho.

O setor de Comércio teve variação de 0,18% no estoque de empregos formais com carteira, em relação a maio de 2017. O setor acumula 846 empregos gerados no primeiro semestre de 2017, indicando uma modesta recuperação em relação a 2016, período em que registrou apenas um saldo positivo. No mês de junho merece destaque a atividade de Comércio Atacadista de Animais Vivos, Alimentos para Animais e Matérias-Primas Agrícolas, exceto Café e Soja, que gerou 143 postos de trabalho, maior saldo do setor.