Em 2016, o Brasil perdeu 1,32 milhão de vagas com carteira assinada, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.

O número só não foi pior do que o registrado em 2015, quando as demissões superaram as contratações formais em 1,54 milhão de vagas. Ou seja, o saldo negativo foi o segundo pior da história -os dados do Ministério do Trabalho começam em 2002.

A indústria de transformação eliminou 322,5 mil vagas com carteira ao longo do ano passado, também o segundo pior da história -em 2015, as demissões superaram as contratações em 608,8 mil.

Já a construção civil eliminou 358,6 mil postos de trabalho em 2016, número melhor somente que o de 2015, que teve saldo negativo de 416,9 mil vagas formais.

No caso do comércio, houve a eliminação de 204,3 mil vagas (ante 218,6 mil postos de trabalho que deixaram de existir no setor no ano retrasado).

O único setor que eliminou mais vagas que 2015 foi serviços, onde as demissões superaram as contratações formais em 390,1 mil, para um saldo negativo de 276 mil em 2015.

DEZEMBRO

Em dezembro de 2016, a quantidade de demissões superou as contratações em 462,3 mil, de acordo com os números do ministério. Foi um resultado melhor do que o mesmo mês do ano retrasado, quando 596,2 mil vagas foram eliminadas.

O mês passado foi o 21º mês consecutivo em que o país demitiu mais trabalhadores do que contratou.