O terrorista australiano de extrema direita Brenton Tarrant, autor do atentado contra duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia, pode passar o resto da vida em isolamento na cadeia.

A hipótese foi cogitada pelo ministro das Relações Exteriores e vice-premier neozelandês, Winston Peters, durante uma reunião da Organização de Cooperação Islâmica em Istambul, Turquia, nesta sexta-feira (22).

"As famílias dos caídos terão justiça", prometeu. O massacre de 15 de março deixou 50 pessoas mortas, no pior atentado da história do país. Em resposta ao ataque, o governo proibiu a venda de armas semiautomáticas e fuzis.

Milhares de pessoas se reuniram na manhã desta sexta em um parque de Christchurch para homenagear as vítimas do atentado. "A Nova Zelândia chora com vocês. Somos uma só coisa", disse a primeira-ministra Jacinda Ardern, que usava o véu islâmico em sinal de solidariedade à comunidade muçulmana local.

A oração na mesquita de Al Noor, onde morreram 42 fiéis, foi transmitida ao vivo pela televisão. "Nosso coração está despedaçado, mas nós não estamos", afirmou o imã Gamal Fouda.