Em visita à Coreia do Sul, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, afirmou nesta segunda (17) que a Coreia do Norte já não pode mais contar com a paciência dos EUA ou de seus aliados. "Houve um período de paciência estratégica, mas a era da paciência acabou", disse Pence em conferência conjunta com Hwang Kyo-ahn, presidente da Coreia do Sul, realizada na zona desmilitarizada na fronteira entre as duas Coreias.

"Todas as opções estão na mesa para conquistar os objetivos e garantir a estabilidade do povo deste país [Coreia do Sul]", disse Pence aos repórteres.

A fala foi feita um dia após a Coreia do Norte fracassar em teste com um dos mísseis de seu arsenal, que havia sido exibido com pompa um dia antes, em Pyongyang, capital do país.

Nesta segunda (17), Pence e Hwang Kyo-ahn disseram ainda que vão fortalecer a defesa sul-coreana e apressar a instalação do sistema antimísseis Thaad, que lança projéteis que vão de encontro e explodem ameaças aéreas.

Pence aproveitou a ocasião para lembrar o uso de 59 mísseis Tomahawk na Síria e da chamada "mãe de todas as bombas", o maior artefato não nuclear que já utilizou em combate, no Afeganistão, o que seriam mostras do poderio militar norte-americano.

"Só nas últimas duas semanas o mundo testemunhou a força e a determinação de nosso novo presidente em ações realizadas na Síria e no Afeganistão. A Coreia do Norte faria bem de não testar sua determinação ou o poderio das Forças Armadas dos Estados Unidos nesta região", alertou o vice-presidente.

ALIADOS

A agência de notícias norte-coreana KCNA publicou nesta segunda (17) uma carta do líder do país, Kim Jong-un, ao presidente sírio, Bashar al-Assad, celebrando o 70º aniversário da independência da Síria.

"Volto a expressar um apoio e uma aliança fortes com o governo sírio e seu povo por seu trabalho de justiça, condenando o ato violento e invasivo recente dos Estados Unidos contra seu país", afirmou Kim Jong-un.