Uma menina de dez meses morreu após ingerir limpador de alumínio na manhã de domingo (19), em Jaú (287 km de São Paulo). A confusão foi feita pela avó, que disse à polícia ter pensado que colocou suco de uva na mamadeira da neta.

A avó relatou que viu na casa da neta duas garrafas com líquido de coloração roxa e, por engano, deu o produto de limpeza para ela beber. Ela acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pensando que a neta estava se engasgando e recebeu orientações de fazer massagem nas costas dela enquanto a ambulância não chegava. Só mais tarde percebeu sua confusão.

A criança foi levada à Santa Casa de Jaú com vida, mas não resistiu. A mamadeira e as garrafas com os produtos foram levadas ao Instituto de Criminalística e o corpo da criança foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico.

A Secretaria de Segurança Pública, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), não informou quem teria colocado o limpador de alumínio em uma garrafa de suco de uva na residência da criança.

Cuidados básicos
Gabriela Guida de Freitas, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, ressalta que cuidados simples poderiam evitar a tragédia em Jaú.

"Deixar produtos em garrafas PET ou de suco ajudam a criança e até o adulto a se confundir. Recomendamos, também, a compra de produtos industrializados, porque neles é obrigatório dizer sua composição. E a primeira coisa que o médico vai perguntar é o que a criança ingeriu", disse Freitas, indicando, ainda que os produtos de limpeza sejam guardados em locais altos e, se possível, trancados.

"São dicas bem simples, nada muito complexo", completou, afirmando que a ONG luta para aprovação de lei que obriga a adoção de uma tampa com trava em produtos de limpeza.