A maquiadora Juliana de Pádua Lacerda, de 30 anos, falou recentemente à revista Veja sobre a convivência com o marido Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato de Daniella Perez, filha da autora Gloria Perez, em 1992.

Um mês após o casamento civil, Juliana revelou que é insultada diariamente por causa de sua relação com o ex-ator. “Sabia que haveria gente que acharia um absurdo. Eu sou xingada sempre, todos os dias. Da parte dos meus familiares e amigos próximos não houve rejeição alguma”, contou.

Ela comentou ainda que o marido queria fazê-la desistir do casamento religioso, marcado para o dia 12 de maio. “Ele me disse que o casamento cristão é muito sério, que não pode ser desfeito. Na verdade, ele nem poderia casar de novo, mas o conselho da igreja deu seu consentimento. Eu já tinha pensado bastante e estava mesmo disposta a ser esposa dele. Ele dizia que ia me fazer desistir, mas eu não desisti, porque senti que era isso que Deus queria para minha vida. Um dia a gente estava no sofá, e, do nada, ele me pediu a mão”, revelou.

De acordo com Juliana, seu pai, a princípio, teve receio sobre o relacionamento, mas passou a gostar de Guilherme quando o conheceu de verdade. “As pessoas têm muito preconceito. Elas costumam se fixar no que aconteceu, ficar só naquela história, e não procuram compreender que ele se transformou: estou me casando com o Guilherme de Pádua atual, não com o do passado”, narrou.

Os dois se conheceram em 2015, na festa de aniversário dele que foi organizada por voluntários da Igreja Batista da Lagoinha (MG) que trabalham em presídios para tirar as pessoas do crime. Guilherme fazia parte do grupo de evangelização desde 1999, quando saiu da cadeia.

“Já sabia quem ele era na primeira vez em que o vi. Mas sempre lidei de forma tranquila com isso, pensando que ele era um irmão, alguém comum”, disse ela. “O que me encantou nele foi o carisma, a simpatia, o carinho para lidar com as pessoas, a inteligência – são várias as qualidades”, acrescentou.