Já no segundo e último dia do Lollapalooza, em São Paulo, há quem ainda tenha dúvidas sobre o funcionamento da pulseira recarregável para compras de alimentos e bebidas, novidade desta edição do festival.

Nesse sistema, cada pessoa troca seu ingresso impresso por uma pulseira, que funciona como uma espécie de comanda, além de servir como a entrada para o festival.

Após carregar o acessório, o consumo em qualquer ponto do Lolla, seja nas tendas fixas, vendedores de bebidas espalhados pelo autódromo ou no Chef's Stage -que reúne barracas de cozinheiros conhecidos, como Henrique Fogaça e Benny Novak- é feito apenas por meio do aparato eletrônico.

A confusão gira em torno do destino que terá o crédito que não for utilizado. Quem seguiu as recomendações da organização e conseguiu carregar a pulseira pelo site parece ter se dado melhor do que quem deixou para fazer o processo no local.

Isso porque, pelo site, o usuário precisa criar uma conta à qual serão atreladas suas pulseiras individuais correspondentes a cada dia do festival. Desta maneira, o crédito é vinculado a este cadastro, podendo ser usado tanto no sábado quanto no domingo, independente do bracelete que a pessoa estiver vestindo.

Já quem incluiu os créditos no primeiro dia do evento, nos postos físicos do autódromo de Interlagos, não poderá aproveitar o excedente neste domingo, pois não foram feitos cadastros pessoais e o saldo foi atrelado diretamente à pulseira daquele dia.

Quem comprou o Lollapass, ingresso único para os dois dias, também parece ter se dado bem, pois utiliza uma única pulseira durante todo o festival.

O problema deve ter atingido mais ao público que veio de outras cidades. Afinal, somente os que chegaram com antecedência conseguiram efetuar a troca do tíquete pela pulseira nos postos credenciados, podendo, em seguida, fazer a recarga pelo site.

Os que chegaram na data dos shows precisaram seguir o processo no próprio autódromo.

Mesmo os que se safaram deste problema enfrentam dificuldades quando tentam pedir o reembolso do saldo excedente não utilizado durante o festival. Para fazê-lo, o usuário é obrigado a pagar uma taxa de R$ 5. Ou seja, só é possível reaver algum saldo se ele for maior do que esta tarifa.
Neste sábado, quem recarregou o serviço utilizando cartão de débito ou crédito enfrentou filas muito mais demoradas do que quem o fez com dinheiro.

A reportagem da Folha de S.Paulo aguardou 30 minutos até chegar à boca do caixa próximo ao palco Axe, enquanto a espera para o pagamento em dinheiro acabava em menos de três minutos.

Até o meio da tarde, não havia grandes filas para comprar bebidas e alimentos, mas, à noite, com a proximidade dos shows principais -do The xx e do Metallica-, o serviço não comportou a quantidade de público, que formava longas filas.