As atrizes americanas Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie se somaram nesta terça-feira, 10, às acusações de assédio e abuso sexual contra o produtor de cinema Harvey Weinstein, que teriam ocorrido ao longo de duas décadas.

Paltrow relatou ao jornal The New York Times que antes de gravar o filme Emma (1996), quando tinha 22 anos e começava a carreira, Weinstein a chamou no hotel e sugeriu que fosse ao seu quarto para fazer massagem, mas ela recusou.

"Eu era uma menina, ia participar (do filme), estava petrificada", disse Paltrow, cujo casal à época, o também ator Brad Pitt, discutiu com o produtor por causa da situação.

De acordo com a atriz, Weinstein a ameaçou para que não contasse o ocorrido. "Pensava que ele ia me demitir", confessou a atriz.

Angelina Jolie, em e-mail, contou que no final da década de 90, durante o lançamento de Corações Apaixonados, também rejeitou investidas do produtor em um hotel, o denominador comum de várias das denúncias reveladas nos últimos.

"Tive uma experiência ruim com Harvey Weinstein na minha juventude e como resultado escolhi nunca mais trabalhar com ele e advertir outras pessoas quando o faziam", declarou Jolie, que considerou o comportamento "inaceitável".

Nesta terça-feira, a revista The New Yorker publicou uma reportagem que se soma às denúncias de assédio e abuso sexual contra Weinstein feitas pelo jornal The New York Times na quinta-feira passada, citando "dúzias" de antigos e atuais funcionários.

De acordo com "The New Yorker", três mulheres alegam que foram abusadas por Weinstein, entre elas a atriz italiana Asia Argento, quatro falam de terem recebido toques indesejados e outras quatro de exibicionismo. EFE