Assim como o Hospital Geral de Palmas, o Hospital Infantil também enfrenta problemas com a falta de pessoal, pouca estrutura e superlotação. Foi o que detectou uma vistoria realizada, no início da noite de ontem, pelos Ministérios Públicos Estadual (MPE), Federal (MPF) e a Defensoria Pública do Estado (DPE).

De acordo com a promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery, outro problema detectado na unidade foi a prescrição de medicamentos que não constam na farmácia do hospital. “O médico não pode prescrever um medicamento que não tem na unidade sem comunicar a direção do hospital”, disse, afirmando que não foi detectada falta de medicamentos.

Para solucionar o problema foi requisitado à direção do hospital que seja apurada a falta funcional dos médicos que fizeram essas prescrições. Outra falha apontada foi a falta de protocolos oficiais para tratamento de casos excepcionais, como o de crianças que tenham sofrido violência sexual.

O defensor público Arthur Luís Pádua Marques afirmou que foram solicitados vários relatórios ao hospital que devem definir quais as próximas ações que serão feitas para garantir o atendimento digno aos pacientes. “É uma desumanidade. Atendimento sem condições, superlotação, problemas estruturais e crianças esperando a meses por uma cirurgia”, disse.

Questionada a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que vai apurar e resolver os problemas.