Dois vídeos divulgados através de redes sociais mostram o ex-juiz eleitoral e advogado, João Olinto Garcia de Oliveira, investigado pela suspeita de ser um dos responsáveis pela empresa Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora Ltda, proibindo a entrada de servidores da Vigilância Sanitária, Defesa Civil e do Meio Ambiente para realização de fiscalização onde seria o galpão denunciado por conter mais de 100 toneladas de lixo hospitalar, localizado no Distrito Agroindustrial de Araguaína, Norte do Estado. A informação foi apurada pelo G1 Tocantins.

“Vocês já invadiram, já entraram na propriedade pelo que eu fiquei sabendo”, disse João Olinto após uma agente da Vigilância Sanitária explicar que a fiscalização era oriunda de uma denúncia, e afirmando que a ação dos agentes era contra a lei pois estavam sem uma ordem de serviço (OS).

Ainda durante a abordagem, os servidores comentam que irão retornar em outro momento com a OS, e o ex-juiz eleitoral ainda ressalta que eles só poderão voltar a fiscalizar o local quando houver outra denúncia anônima. “A OS tem que se fazer acompanhar para proceder a fiscalização... Sem ordem de serviço é invasão”, disse, impedindo que a fiscalização fosse realizada.

Durante as gravações, João Olinto está com o celular apontado para os profissionais, possivelmente filmando a ação.

FOTO_3COL-B_WEB

A Polícia Civil já está analisando os vídeos e conforme o delegado responsável pela investigação, Romeu Fernandes, ocorreram duas ações de fiscalização no local. “Ao que tudo indica é no local pela presença das pessoas, que são as mesmas que realizaram a ação de fiscalização. Provavelmente foi a primeira ação de fiscalização. Na primeira ele se apresentou como responsável pelo local e impediu a ação. No segundo momento, no dia seguinte, a fiscalização apareceu com a Polícia Militar, e ele já não compareceu mais ao local. E nesse momento foi constatado a presença do lixo”, explica o delegado.

Sobre o andamento das investigações, Fernandes comenta que o foco está em encontrar João Olinto e outras duas pessoas supostamente envolvidas no crime ambiental. O ex-juiz, que é pai do deputado estadual Olyntho Neto, é considerado foragido pela Polícia, e que teve a prisão decretada ainda na última segunda.