Apopulação palmense está assustada com o surto de febre amarela que passa pelo Estado de Minas Gerais e busca atualizar o cartão de vacinas nas Unidades de Saúde da Família (USF) da Capital. São mais de20 mortes confirmadas pela doença no estado mineiro. 

Na Quadra 508 Norte, a técnica de enfermagem que ministra vacinas nos pacientes informou que com o aumento da procura estuda-se definir outro dia da semana para a aplicação, já que na unidade a imunização só é oferecida às quartas-feiras. Na última quarta, foram aplicadas mais de 20 doses somente de manhã.

Já na Quadra 210 Sul, a vacina contra a febre amarela é ofertada de segunda à sexta e a procura está ainda maior, com uma média de 100 doses ministradas diariamente. Durante a reportagem, duas irmãs, de 19 e 21 anos, estavam na espera para tomar a vacina e atualizar o cartão. Elas contaram que estão acompanhando as notícias sobre o surto da doença e se preocuparam com a saúde.

Na unidade de saúde da Quadra 806 Sul, o movimento era mais intenso, e todos estavam à procura da vacina, que também é ofertada diariamente no local. 
De acordo com a técnica de enfermagem local, por conta do movimento, é preciso avaliar a necessidade da aplicação da vacina de acordo com o Cartão do SUS, pois muitas pessoas ainda estão com a aplicação anterior valendo. A unidade também está atendendo cerca de 100 pessoas diariamente que procuram a vacina de febre amarela.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), em 2016 foram aplicadas 19.739 doses da vacina para a população. Já de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), nos dois últimos anos não foram diagnosticados casos de febre amarela no Tocantins. Dos oito casos suspeitos investigados em 2015 e seis casos suspeitos investigados em 2016, todos foram descartados. 

Ainda de acordo com a pasta, os últimos casos foram registrados no ano 2000, e o Estado registrou surtos da doença com a confirmação de 26 casos, sendo que 22 pessoas contraíram a infecção de forma autóctone e os outros casos foram oriundos do Pará e Maranhão. Dos casos autóctones, nove evoluíram para óbitos.

Enquanto a procura pela vacina contra a febre amarela só aumenta, a imunização contra o HPV para meninos e meninas de 12 e 13 anos pouco está sendo buscada. Para os meninos, a vacina começou a ser ofertada no início deste mês e a princípio a procura era maior, conforme informou as técnicas de enfermagem das unidades de saúde municipais onde a equipe do Jornal do Tocantins esteve. De acordo com uma delas, ainda existe o preconceito para a aplicação nas meninas por parte dos pais, por medo de algum tipo de incentivo ao início da vida sexual. 

De acordo com a Semus, a pasta tem como meta em 2017 vacinar 4.532 meninos. Já foram ministradas 141 doses para meninos com 12 anos e 116 doses para os com 13 anos.

A Semus ainda informa que as vacinas são oferecidas todos os dias à população e os pais ou responsáveis devem procurar a unidade mais próxima para a imunização de seus filhos, desde que esteja dentro da faixa etária preconizada. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra o HPV é aplicada em duas doses, com intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda. Para portadores de HIV, no entanto, são indicadas três doses, com intervalos de dois meses para a segunda dose e de seis, para a terceira. A opção por vacinar crianças e adolescentes ocorre como estratégia para garantir a proteção antes do início da vida sexual e, assim, antes do contato com o vírus.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, 30.587 meninos entre 12 e 13 anos e 343 jovens que vivem com HIV/aids podem receber a dose da vacina no Tocantins. A vacina contra o HPV era aplicada desde 2014, mas apenas em meninas e só neste ano, a expectativa é que 3,6 milhões devem ser imunizados em todo o Brasil.