A Justiça proibiu as unidades de saúde, que prestam serviço ao Plansaúde, de paralisar os atendimentos a urgência e emergência, e também determinou que os pacientes devem seguir internados nesses hospitais e clínicas e não podem ser remanejados para o Hospital Geral de Palmas (HGP), como ameaçou ontem o Sindicato de Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Tocantins (Sindessto). 

A decisão é resultado de um pedido do governo estadual, após o Sindessto notificar a gestão sobre a remoção dos pacientes das unidades particulares para enviar a unidade estadual. Conforme a decisão do juiz, que estava de plantão ontem, Pedro Nelson de Miranda Coutinho, a postura de remoção dos pacientes e a suspensão dos atendimentos de urgência e emergência é “inadmissível”. 

No pedido, o governo reconheceu a existência da dívida, mas alega que o HGP já enfrenta sérios problemas de superlotação, greve de profissionais e falta de abastecimento, e não tem como receber os pacientes do plano. 

A presidente do Sindessto Maria Lúcia Machado informou que ainda não foi notificada da decisão, mas que o sindicato irá recorrer. “Não temo como atender os pacientes por falta de recursos”, destacou.

Paralisação

Os serviços prestados pelo Plansaúde já estão suspensos a quase um mês. Segundo o Sindessto, a gestão estadual deve mais de R$ 100 milhões, uma dívida que vem acumulando desde maio desse ano.  

No início dessa semana, o governo havia informado que, após uma reunião, definiu que realizaria o pagamento de uma parte da dívida, devido à falta de recursos do Estado. Segundo nota enviada pela Secretaria da Administração (Secad), o valor pago será de R$ 10 milhões, mais ainda não foi divulgada uma data de quanto isso deve acontecer. 

Ontem, Maria Lúcia, informou que o valor que o governo quer pagar não é o suficiente para conseguir reativar os serviços.