Os candidatos aprovados no Concurso do Sistema Penitenciário, da Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça (Seciju), entraram em contato com a redação do JTo hoje para repudiarem as declarações da pasta sobre a impossibilidade de nomeação dos aprovados por conta da não conclusão do concurso. O assunto repercutiu entre os candidatos também nas redes sociais.

Ontem, o Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na atuação da Umanizzare na gestão da Casa de Prisão Provisória de Palmas e no Presídio Barra da Grota, em Araguaína. O MPE requer o fim da terceirização e a nomeação dos aprovados no certame.
 
Alisson Francisco da Silva Ramos, aprovado para técnico em Defesa Social, reclama que a nota final do concurso era para ter saído ontem, conforme consta no último cronograma feito pela Comissão Permanente de Seleção da Universidade Federal do Tocantins (Copese/UFT), responsável pelo curso de formação. “Tal nota não saiu justamente para protelar o certame. Por que tanta protelação? Qual interesse por trás disso? Quem ganha com a terceirização?”, indagou, acrescentando que “novamente, o cronograma não foi cumprido”.
 
Inicialmente, o resultado final para o Sistema Penitenciário (Técnico e Analista em Defesa Social) estava previsto para 23 de dezembro de 2016, conforme portaria publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 26 de outubro de 2016.   Posteriormente, foi adiado para 10 de janeiro.  O concurso prevê também vagas para o Sistema Socioeducativo, cujo curso de formação começa no próximo domingo e seguirá até 15 de fevereiro, com resultado final previsto para março. “Nada impede o governo de homologar o concurso do sistema penitenciário e nomear os aprovados”, disse Ramos. A seleção começou a ser realizada ainda em 2014 e passou quase dois anos paralisada, sob a alegação do governo de que faltava verba para dar continuidade ao concurso.
 
Ao todo, segundo a Seciju, são 799 candidatos aprovados para o Sistema Penitenciário e 418 candidatos aprovados no Sistema Socioeducativo.
 
A reportagem entrou em contato com as assessorias da Seciju e UFT e aguarda posicionamento.