Cerca de 20 toneladas de lixo hospitalar que estavam acumuladas no Hospital Geral de Palmas (HGP), no Hospital e Maternidade Dona Regina, no Hospital Infantil, no Laboratório Central do Estado (Lacen), no Hemocentro e no Centro de Reabilitação, em Palmas, estão sendo recolhidas pela empresa Ecoservice Gestão de Resíduos.

Ontem, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou o pagamento da dívida no valor de R$ 700 mil referente aos serviços prestados pela Ecoservice nos meses de agosto, setembro e outubro. Por estar sem receber do Estado, a empresa deixou de recolher os resíduos durante 16 dias, o que gerou um grande montante de resíduos infectantes nas unidades hospitalares.

A gestora da Ecoservice, Luciana Rodrigues, informou que se reuniu com a Sesau, na última quarta-feira, e a secretaria se comprometeu a pagar o valor integral devido hoje. Em um voto de confiança, mesmo faltando um dia para que o pagamento fosse efetuado, a empresa começou ontem a fazer o recolhimento dos resíduos, que, além de já estarem exalando mau cheiro, causando desconforto à população, sobretudo aqueles que circulam nos arredores das unidades de saúde, estavam atraindo vetores de doença.

Força-tarefa

De acordo com Luciana, diante da quantidade de lixo, a previsão é de que seja tudo recolhido até amanhã. “Estamos com uma força-tarefa dedicada à coleta, para que possamos transportar até Imperatriz (MA), onde fazemos o tratamento do material. Como trabalhamos somente com dois caminhões em Palmas, pedimos reforço de mais dois veículos que estão vindo de Imperatriz”, informou. A rotina de coleta dos resíduos nas unidades mantidas pelo governo é de segunda a sábado, uma vez por dia. “Lixo é lixo, não pode ser mantido mais de um dia à céu aberto”, justificou.

Nos últimos 16 dias, o Jornal do Tocantins acompanhou a evolução do problema do recolhimento do lixo hospitalar, ouvindo, inclusive, especialista no assunto. Para o doutor em resíduos sólidos e professor do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Aurélio Picanço, apesar de o lixo estar em saco plástico branco, como é recomendado, a presença de microrganismos patogênicos e de vetores de doenças representava um risco à população.

CONTRATAÇÃO

Na última terça-feira, o governador Sandoval Cardoso chegou a anunciar que uma nova empresa seria contratada em regime de urgência para manter o serviço nas unidades de saúde.