A primeira transexual a atuar no vôlei italiano, a goiana Tiffany Abreu, 32 anos, está sendo acusada por suas adversárias de ter vantagem em relação as outras atletas, já que ela estaria a frente fisicamente das demais.

"Quem diz isso é um estúpido", falou Tiffany que garantiu ainda cumprir a legislação estabelecida pelo Comité Olímpico Internacional (COI) para permitir a participação de transexuais em competições femininas, como a exigência de que o nível de testosterona seja inferior a 10 nanogramos por litro de sangue, durante, pelo menos, 12 meses antes da disputa.

Agora a atleta garantiu que só pensa em seguir a carreira. "Toda essa polêmica me deixou mais forte. Agora, estou muito mais tranquila, porque sou eu mesma", afirmou a jogadora do Golem Palmi, da segunda divisão do campeonato nacional.

Do alto de seu 1,94m de altura, antes de ser Tiffany, ela era Rodrigo e conseguiu autorização da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) para disputar competições femininas, depois de defender equipes masculinas na Bélgica, Holanda, França e Espanha.

"Estou muito feliz. Aqui, me sinto em casa. As pessoas me acolheram muito bem e as meninas da equipe são como uma grande família para mim", contou a goiana.