O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou nesta quinta-feira que não pode mudar o passado escandaloso da entidade que dirige, mas que pode aprender com o ocorrido para não cair nos mesmos erros.

"Certamente, não posso mudar o passado, mas sim influenciar o futuro e estamos aqui para isso. Quero me concentrar no futuro e aprender com o passado para não cometer os mesmos erros", afirmou Infantino em entrevista coletiva em Bogotá.

O principal cartola do futebol mundial enalteceu a nova classe de dirigentes que comandam a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), que agora é liderada pelo paraguaio Alejandro Domínguez.

"Todos (os dirigentes da Conmebol) têm paixão pelo futebol, conheço todos eles agora e sei que posso contar com eles, porque sabem do que a Conmebol precisa, reformas radicais, transparência, mas, sobretudo, a Conmebol tem futebol e é o futebol que vai salvar o futebol", acrescentou Infantino.

Além disso, o dirigente assegurou que "se alguém quiser utilizar o futebol para seus interesses pessoais, este alguém tem que sair, não tem nada a fazer no futebol. A tolerância nesse sentido será zero".

Infantino, que na eleição passada recebeu o apoio em bloco da Conmebol, está à frente da Fifa desde 26 de fevereiro, em substituição ao suíço Joseph Blatter, que renunciou devido à divulgação dos escândalos de corrupção que envolveram a entidade no ano passado, um episódio e que também levou à queda de vários dirigentes e presidentes de federações.

O ítalo-suíço de 45 anos de idade disse também que não acredita que vai ser difícil recuperar a credibilidade junto aos torcedores de futebol.

"Vamos demonstrar ao torcedor de rua que ele tem que ter confiança em nós, que temos o futebol perto de nosso coração. Os sul-americanos e colombianos devem ter orgulho do que são, do que deram e estão dando ao futebol. (...) É algo espetacular, basta olhar para os jogos das Eliminatórias da Copa, não há um jogo fácil", afirmou o dirigente.

Infantino encerrou hoje na Colômbia um giro pela América do Sul, que incluiu países como Paraguai, Uruguai e Bolívia.