As propostas das empresas interessadas na obra de derrocamento do Pedral do Lourenço, no rio Tocantins, no Estado Pará, devem ser abertas no dia 4 de novembro, a partir das 10 horas. As empresas estão cadastrando a documentação desde o dia 11 de setembro desse ano. Apesar de ter sido lançado pela presidente Dilma Rousseff em março desse ano, no Pará, o edital só foi publicado em setembro.

O edital, de responsabilidade do Ministério dos Transportes, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), visa a contratação da empresa que vai elaborar os projetos básico e executivo, das ações ambientais e executar as obras de derrocamento para a implantação do canal de navegação na região do Pedral do Lourenço, da Hidrovia Tocantins, no Pará.

A obra vai custar em média R$ 452 milhões e deve vencer a disputa do edital a empresa que apresentar o maior desconto sobre o valor estimado. A previsão, segundo o edital, é de que as obras sejam concluídas em quatro anos e, deste total, dois anos devem ser voltados apenas para concluir os processos de licenciamento ambiental.

Juntamente com as eclusas de Tucuruí (PA), a obra deve permitir a navegabilidade em toda extensão da Hidrovia Tocantins, possibilitando o escoamento de produtos pelo corredor logístico Centro-Norte brasileiro através dos portos nortistas.

As obras preveem, além do derrocamento, a dragagem e a sinalização da hidrovia. A intervenção deve permitir a navegabilidade em um trecho de 500 quilômetros do rio Tocantins.

Quando estiver em funcionamento, cada comboio de 150 metros de comprimento que passar pela hidrovia deve retirar das rodovias 172 carretas com 35 toneladas cada, de acordo com informações do Dnit. Isso porque um comboio tem capacidade de sei mil toneladas de carga.

Derrocamento

O derrocamento vai retirar pedrais que impedem a passagem de embarcações em uma extensão de 43 quilômetros ao longo do rio Tocantins, formando uma espécie de barreira.

A palavra derrocamento é pouco conhecida, mas o significado pode ser considerado simples. Conforme a descrição do Dnit, trata-se de desgastar as pedras que estão no fundo do rio Tocantins que impedem a navegação de comboios de carga entre os meses de setembro e novembro, quando o nível das águas baixa devido ao período de estiagem na região.

Transporte

A hidrovia deve desafogar as rodovias já que cada comboio de 150 metros de comprimento tem capacidade para seis mil toneladas de carga, o que corresponde a 172 carretas com 35 toneladas cada.