O dólar no mercado à vista registrou nova máxima de R$ 4,0218 (+1,14%) na manhã desta quarta-feira, 15, indicando cautela com o cenário negativo no Brasil e no exterior. O dólar futuro para junho registrou máxima aos R$ 4,0280 (+1,12%).

"Hoje juntaram-se os dois lados. Há tensão trazida pela guerra comercial entre Estados Unidos e China e desaceleração de indicadores chineses e muita incerteza interna diante da fraca articulação política do governo no Congresso, demora da reforma da Previdência e indicadores de atividade ruins, como o IBC-Br de março mostrando que o País está perdendo capacidade de produção", avalia o operador José Carlos Amado, da Necton Investimentosl.

Em Nova York, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse nesta manhã que "sabemos o tamanho da crise fiscal e social e não vamos fugir da nossa responsabilidade".  

Investidores devem monitorar durante o dia a temperatura dos protestos em todo o País com adesão de pais, estudantes e professores contra os cortes de 30% nos orçamentos das universidades federais e educação básica. O fraco IBC-Br também reforça o pessimismo do mercado com o PIB do primeiro trimestre, que será divulgado dia 30 de maio, mas fica em segundo plano.