A Apple apresentou nesta segunda-feira o iPhone SE, com tela de 4 polegadas, menor do que a última geração lançada pela empresa, mas igualmente potente e mais barato.

"É o telefone de quatro polegadas mais potente que criamos", afirmou hoje na apresentação, que ocorreu na cidade de Cupertino, na Califórnia (EUA), o vice-presidente da Apple, Greg Joswiak.

O executivo destacou que o dispositivo, que manteve o design do iPhone 5S, tem quase o mesmo poder de processamento do iPhone 6S, lançado no fim do ano passado. Ele virá equipado com um chip A9 e uma câmera de 12 megapixels, mas será mais barato, com preço inicial de US$ 399 nos Estados Unidos (para 16gb de memória).

Joswiak anunciou hoje também uma atualização do sistema operacional do iPhone e do iPad, o iOS 9.3, que está disponível para os usuários ainda nesta segunda-feira.

A grande diferença do novo iPhone está no tamanho da tela. No início da apresentação, Joswiak afirmou que algumas pessoas "amam celulares menores". Por isso, o iPhone SE terá as mesmas 4 polegadas do iPhone 5S, contra as 4,7 e 5,5 polegadas adotadas pela empresa a partir do lançamento do iPhone 6.

Atualizada às 16h09

O iPhone SE, que começará a ser vendido na próxima quinta-feira nos Estados Unidos e em mais de 100 países a partir de maio (o Brasil não está incluído na lista), é basicamente uma versão renovada do iPhone 5S, lançado em 2013, mas com o interior e o poder redobrado.

A Apple registrou um trimestre de lucros recordes na história corporativa dos EUA após o lançamento dos telefones com telas maiores em 2014, mas enfrenta agora um desaquecimento das vendas, que podem cair pela primeira vez desde o primeiro iPhone, apresentado ao mercado em 2007.

Em janeiro, a Apple anunciou que as vendas do celular, que representam cerca de dois terços de sua receita, avançaram no ritmo mais lento até então, com 74,7 milhões de unidades comercializadas.

A empresa fundada por Steve Jobs também lançou uma nova versão do iPad Pro, mais leva e também com uma menor tela, de 9,7 polegadas.

Falha

Uma atualização, liberada ainda nesta segunda-feira (21), promete resolver uma falha de segurança que atinge dispositivos com iOS há alguns anos.

A falha, encontrada por cientistas da Universidade John Hopkins, permitiria o roubo de mensagens e fotos enviadas pelo sistema iMessage. O sistema conecta, via internet, celulares e tablets que usam o sistema operacional da Apple, de forma a reduzir os custos de SMS.

De acordo com pesquisadores, a falha atinge principalmente os aparelhos anteriores à versão 9 do iOS, mas, com severas modificações, também pode estar presente nas versões mais recentes da plataforma.

A brecha permitiria a criação de servidores que simulem os da Apple, capazes de interceptar as mensagens. Como a empresa utiliza um sistema mais simples de criptpografia, não há proteções contra ataques de força bruta, o que possibilitaria aos invasores tentarem exaustivamente quebrar a proteção até, efetivamente, conseguirem.

A fabricante lançou também nesta segunda uma atualização, o iOS 9.3, que traz  novas funcionalidades ao sistema e também a correção definitiva para a abertura.

A recomendação é que os usuários atualizem para a nova versão assim que possível, principalmente se utilizam com frequência o iMessage em seus iPhones e iPads.