A etnia Emberá do Panamá é a grande campeã da canoagem da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI). Após disputarem em duas baterias, os indígenas Clímaco e Atilíneo desbancaram as outras cinco etnias finalistas na manhã de ontem, no Ribeirão Taquaruçu. 


O segundo lugar ficou com os também panamenhos Norvin e Marcos da etnia Wauran. Já o terceiro lugar ficou com os brasileiros, Jawat e Yawaê, da etnia Kamayurá, que vivem no Mato Grosso, no Parque Nacional do Xingu, região conhecida como Alto-Xingu. A competição começou com a disputa de nove duplas em cinco baterias que determinaram os finalistas. Os seis classificados nesta etapa garantiram vaga na luta por medalhas. 


A final foi disputada entre os vencedores de cada bateria. Com o domínio da prova desde a largada, a equipe de Emberá do Panamá, Clímaco e Atilíneo. Para a disputa da canoagem foram feitas canoas artesanais de madeira de andiroba, do sul do Pará e pintadas com as pinturas típicas dos indígenas do Tocantins. Nessas provas, a organização sorteia as canoas para as duplas entrarem na água. 


Segundo organizador do evento, Carlos Terena, os indígenas brasileiros tiveram mais facilidade por já conhecerem o equipamento, ao contrário dos finlandeses que não são acostumados com esse tipo de canoa, e viraram pouco tempo após a largada. (Camylla Costa)

 

Campeões

1º Climaco e Atílino – etnia Emberá (Panamá)

2º Norvin e Marcos – etnia Waurá (Panamá)

3º Jawat e Yawaê – etnia Kamayurá (Brasil)

4º Joel e Rojerio – etnia Rikbaktsa (Brasil)

5º Tumi e Iuan – etnia Matis (Brasil)

6º Jeferson e Luis – etnia Cocâma (Colômbia)